Já te darei a resposta: Não. O dinheiro não traz felicidade.
Você pode argumentar que todos os seus problemas seriam resolvidos com um aumento de renda; que seria melhor ser triste em Paris, do que ser pobre no Brasil. Até mesmo, usar uma frase que gosto muito: dinheiro não compra felicidade, mas compra coxinha – e você já viu alguém infeliz comendo coxinha?!
No entanto, só existe um responsável pela sua felicidade na vida: você mesmo. Sim, você leu corretamente. Você é o piloto que consegue utilizar seus recursos, incluindo o dinheiro, para conseguir sua felicidade.
Ele não é vilão, nem mocinho; é só o produto de seu trabalho ou valor que você gerou, bem como um reflexo de quão bem você administrou suas reservas. Ele não tem poder nenhum, não tem valor em si mesmo, até porque quem decide fazer uso dele (ou não) somos nós mesmo. Parece óbvio, não? Então qual o motivo de ser atribuído ao dinheiro esse sentimento tão desejado? Por que as pessoas sentem que seriam um tanto mais felizes se ganhassem na loteria?
Isso geralmente acontece pela atribuição que damos aos nossos recursos financeiros. Projetamos nossos valores, crenças e desejos ao dinheiro. Muitas vezes, não percebemos o significado que atribuímos a ele: um futuro mais tranquilo para alguns, férias mais divertidas para outros, a validação de que somos bem sucedidos. De fato, você pode usá-lo para obter a felicidade que busca, porém somente se você decidir empregar ele dessa maneira e entender que ele é uma ferramenta que você possui para conseguir o que deseja.
Os problemas começam quando:
1) Você atribui significados ruins a ele: que você é escravo do dinheiro, que ele é a única fonte de reconhecimento e prestígio viável, que você precisa trabalhar duro em algo indesejável para sobreviver.
2) Você gasta de maneira a não criar a vida que quer: comprando coisas que não precisa para impressionar pessoas que você nem gosta tanto assim, ao invés de investir nos seus sonhos e nas experiências que deseja.
Existe até um estudo, realizado pelo italiano Eugenio Proto, professor de economia da Universidade de Warwick no Reino Unido, que mostra que a felicidade vem antes da fortuna: pessoas felizes tendem a serem mais produtivas. Ele comenta que a sensação de felicidade está atrelada à comparação: se o vizinho parece ganhar mais, é possível que você não se sinta tão mais feliz.
Desse modo, o seu nível de felicidade, de renda e de patrimônio são resultados das ações que você emprega. Assim, para obter esses três (felicidade, renda e patrimônio) é necessária uma boa dose de autoconhecimento, de saber qual é seu propósito e o que é importante para você na vida. Nesse sentido, na próxima vez que você estiver tentando atribuir algum sentimento ao dinheiro, questione-se: você está usando ele para criar a vida dos seus sonhos ou está usando ele como desculpa para justificar o motivo de ainda não estar vivendo essa vida?
Gostou? Deixe um comentário e me siga no Instagram!